quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Saiba o que você deve compartilhar com o RH
Qual a sua relação com o setor de recursos humanos da sua empresa? Há assuntos que um profissional não deve guardar somente para si, pois ao compartilhar você estará contribuindo na melhoria da comunicação da sua empresa e da sua rotina de trabalho.
Os especialistas em recursos humanos afirmam que antes de conversar com o setor, o ideal é tentar a aproximação com o seu superior direto. Não tem abertura? Então o RH pode ser sim, um caminho para compartilhar determinados assuntos.
Segundo especialistas, primeiramente é preciso identificar como é a cultura da empresa, o nível de abertura e como é a relação com o seu gestor. O diretor de RH da Dell, Paulo Amorim, enfatiza que há empresas com valores que permitem que um funcionário fale de uma proposta que ele recebeu de outra empresa para o seu chefe, por exemplo.
“Vivemos um pensamento tradicional para tratar de assuntos pessoais ou problemas no trabalho há mais de 40 anos. Somente de uns sete anos para cá, o cenário tem mudado”, afirma Amorim.
“As pessoas olham para o RH como se fosse o muro das lamentações. Se o profissional não demonstrar maturidade ao levar o assunto, não é o tema que importa e sim a maneira como é levada”, explica Cíntia Peres, superintende de RH Ideal Invest.
Amorim ressalta, “não existe assunto irrelevante desde que possa impactar na sua carreira”. Confira abaixo alguns assuntos que muitas vezes o profissional prefere guardar para si, mas que, dependendo da cultura da empresa, podem ser compartilhados com a área de pessoas.
Plano de Carreira
Iniciou uma pós em uma área diferente da sua de atuação ou está pensando em mudar de área dentro da empresa? Compartilhe o novo rumo que você quer dar à sua carreira. “O profissional tem que compartilhar o seu desejo de mudança de carreira, pois dessa maneira ele será lembrado caso haja algum remanejamento”, afirma Analu Oliveira, analista de RH.
Caso você tenha se arrependido de alguma decisão, vale dar um toque também. “Lembro de um profissional que era do atendimento e operações e foi para a área comercial. O nível de stress dele aumentou e teve um episódio em que ele passou mal e teve que ser levado para o hospital”, conta Cíntia.
Ele não contou para ninguém, pois não queria que a insatisfação fosse interpretada como um sinal de fraqueza, mas Cíntia afirma que há maneiras de comunicar arrependimentos desde que sejam acompanhados de argumentos e soluções construtivas.
Crise familiar
Assuntos pessoais normalmente tendem a ser relativizados quando estamos no trabalho, mas há momentos em que não é possível dissociar o indivíduo do profissional na prática. “Depende muito da empresa, mas se uma crise conjugal interferiu na sua produtividade, não é pela linha de fazer assessoria psicológica, mas o assunto deve sim ser compartilhado no trabalho”, diz Amorim.
Cíntia relembra um episódio em que o pai de um profissional foi internado durante um longo período e ele era filho único. ”A conversa foi com o gestor e com o RH, o ajudamos com uma rede de apoio, para que ele realizasse suas tarefas e pudesse ir ao hospital”, conta a superintendente.
Doenças
Analu relembra de uma profissional que demorou a contar para a empresa que estava com uma doença grave, pois estava em um momento profissional de maior entrega a um projeto. Segundo a especialista, isso não é correto, pois nessas horas o apoio e o descanso são essenciais.
Outro exemplo recordado por Amorim foi uma situação em que o funcionário decidiu ir até ao RH, pois não queria contar ao gerente que estava com uma doença grave que começara a afetar sua produtividade. “Primeiro conversamos com o funcionário e depois conversamos com o superior em conjunto”, diz.
Assédio moral ou sexual
Qualquer assédio ou forma de preconceito e até mesmo uma fraude na empresa, tem que ser levada ao RH. Algumas punições vão além da responsabilidade da empresa, afirmam os especialistas.
Gravidez
A gravidez ainda é um assunto tabu. Muitas pessoas não sabem qual o momento ideal para dar a notícia no ambiente de trabalho. De acordo com Cíntia, a mulher tem que entender que não dá para ser duas pessoas - é necessário tomar a decisão e bancá-la.
“Lembro de uma gerente que foi promovida com quatro meses de gravidez e depois de cinco meses ela tirou licença maternidade. Se você é competente, não se preocupe.”, conta Amorim.
Fonte: Info Abril
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